segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Um pouco para nós . . . O MINISTÉRIO DE MÚSICA!




A música é um grande ministério capaz de realizar a união entre o sonho e a realidade, a razão e a emoção. É capaz de tocar as áreas mais profundas do coração do homem, enfim, ela é certamente, obra das mãos de alguém cheio de amor que pensa nos mínimos detalhes acerca dos alvos do seu amor, o homem. O ministério de música tem a responsabilidade de resgatar a música de todas as distorções e do mau uso que fazem dela. O papel do ministro de música é de levar as pessoas a abrirem o coração ao louvor e a oração por meio da melodia e dos cânticos. Ministrar música é, sobretudo, ministrar o louvor ao Senhor. E como este é um ministério de louvor, os seus membros precisam ser cheios da unção de Deus, carregados da mensagem de amor que Deus tem para o homem, da mensagem do Pai para os seus filhos. Além disso, o ministro de música precisam também levar as pessoas a descobrirem o que há no mais recôndito dos seus corações, e fazê-los transbordar com seus corpos e suas vozes, um agradável louvor ao Senhor e uma explosão de verdadeiro e fraterno amor para com os irmãos. É preciso utilizar todos os recursos que a música possui para alegrar o coração de Deus e dos homens.

O ministro de música tem como missão primordial evangelizar e a sua postura a de alguém que está continuamente em sintonia com o criador, pra que a música ministrada por ele, quer seja por meio da sua voz ou pela execução de seu instrumento, cumpra o objetivo de alegrar, de enternecer, de Fazer voltar o coração do homem para Deus, para as coisas verdadeiras. Precisa ser plenamente consciente de que é apenas um pequeno instrumento nas mãos de Deus, de que é um servo de Deus, de que tem um chamado de Deus, de que possui um dom dado por Deus e de que este dom não é seu e sim Daquele que por misericórdia lho deu. E o deu para que o servisse, para que levasse o seu amor aos homens, para que levasse a verdade aos homens e a verdade os liberte. Os homens têm sede de Deus e estão cansados de ouvir música que não acrescentam em nada a eles, pelo contrário, tiram deles, tiram a sua dignidade, a sua pureza, a sua castidade, a vivência do amor verdadeiro, o respeito devido ao outro, que tiram deles a consciência necessária para ser feliz e fazer os outros felizes.

O ministro de música deve ser alguém que carregue em si uma forte experiência com o Senhor, porque possui a grande responsabilidade de ser canal para que a graça de Deus seja derramada em profusão na vida de seus filhos, ser canal da água viva que regará a vida de seus filhos, que dará vida verdadeira e em abundância à vida medíocre, mundana, sofrida de seus filhos.O ministro de música precisa colocar totalmente à disposição de Deus este dom, precisa colocar nas mãos de Deus a sua voz, o seu instrumento, os seus acordes, porque não é chamado a utilizar a música como passatempo, para fazer um "show", para aparecer ou ser elogiado, mas para cumprir a vontade de Deus, para servir a Deus, para que Deus seja glorificado e amado. Quem deve aparecer é Deus e a sua verdade. A sua música deve ser ou deseja que seja uma profecia da própria vida, deve haver uma unidade entre aquilo que ele canta e aquilo que ele vive ou deseja viver. Somente assim será terra boa onde o Espírito Santo poderá produzir os seus frutos. O ministro de música precisa ser uma pessoa de oração, de adoração, de estudo bíblico, de busca freqüente aos sacramentos da eucaristia e reconciliação, ter amor e devoção a Maria, fazer parte de um grupo de oração ou comunidade. Peçamos ao Senhor a graça de ser como Davi, cheio da sua unção, capaz de expulsar todo o mal e acalmar os corações aflitos através do ministério de música. Bendito seja Deus para sempre!


O Perfil do Ministro de Música


"... tenha visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro, fala bem, e é de bela aparência e Iahweh está com ele". (I Sm 16, 18)O ministro de música, antes de tudo, deve ser um homem de Deus. Deve ter uma vida reconciliada com Deus e os homens em vista da missão dada por Ele mesmo: evangelizar com a arte musical. Deve ser como Davi, que além de tocar era um valente guerreiro que falava bem e de boa aparência, no entanto o mais importante era que o SENHOR estava com ele: ele era um homem de Deus. quando se fala de perfil do ministro, está se falando do pensamento do ideal para o serviço, que se constrói na vida cotidiana. Assim, enumeramos o que vem a ser luz e motivação diante do que Deus quer realizar:


Além de uma necessidade e de ser vontade de Deus, a profissionalização é uma fonte de eficiência diante do empenho que é exigido no serviço, não deixando, de exigir um empenho próprio para conquistá-la, com entusiasmo e perseverança. É muito importante ressaltar que ela está abaixo do amor a Deus, não pode ser prioridade quando não há vida concreta de oração, pois será um simples sinal deste amor. Na velha batalha entre a vida espiritual do ministro e o seu desejo de progresso, no tocar ou no canto, que só será verdadeiro se for fruto do progresso interior, pode-se dizer que profissionalizar-se é viver um dos aspectos necessários no cumprimento da missão própria do ministro de música, afinal Deus fará na humanidade do servo a aptidão natural aperfeiçoada pelo conhecimento, estudo técnico, cuidados básicos com os devidos instrumentos utilizados, desde a bateria até as cordas vocais.

O humilde, pousa os olhos no Senhor: "Tu sois Santo, Tu sois Altíssimo." Sabe que por si só nada tem e nada é; reconhece imediatamente o bem que em si existe e as qualidades que possui, mas tem sempre em mente a expressão: Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o tivesses recebido? (I Cor 4,7); humilha-se no reconhecimento do seu próprio nada e da sua absoluta dependência de Deus, e mantém-se no lugar que lhe compete.O humilde vê com clareza que tudo recebeu de fora, tanto na ordem da natureza: vida, corpo, inteligência, talento, saúde e força, olhos, membros, etc; como na ordem da graça. "Deus produz em nós o querer e o agir"(Fil 2,13), "não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar coisa alguma, porque a nossa suficiência vem de Deus"(II Cor 3,5); nenhum pensamento, nenhuma decisão salutar, grata a Deus, nenhuma obra boa, nem mesmo a mais íntima, nenhuma oração.

Aquele que serve "deve 'fazer-se tudo para todos'(I Cor 9,22) a fim de conquistar todos para Jesus Cristo... Particularmente, não imagine ele que lhe é confiado um único tipo de almas..." (CIC 24) Uma forte característica do bom ministro de música é o serviço: lavar os pés dos outros com água nova, amar a todos, dar-se sem medir, fazer a vontade de Deus... sempre no louvor, fazendo uso de uma linguagem atualizada e própria para cada instante. Aqui se pode destacar tanto a renovação do repertórios utilizados nas diversas assembléias (congressos, cursos, missas...), como o uso dos carismas em benefício do povo ao qual se serve. É importante, neste aspecto do serviço, refletir que:SER DA LINHA DE FRENTE é servir primeiro, buscando imitar mais de perto o Senhor, sofrendo as primeiras conseqüências, chegando antes e saindo depois.ESTAR NA OFENSIVA E NA DEFENSIVA é servir na batalha espiritual, ao Senhor e ao seu povo. Dispor tudo para Deus indo contra a ação silenciosa, sutil ou mesmo nítida do inimigo, intercedendo para que se abra o céu num derramamento de graça. Estar atento ao que possa romper com a ação de Deus e pela graça, pela unção, defender a assembléia, "o coração do homem", contra os ardis do demônio, ou mesmo, contra as próprias tendências da carne.O ministro de música está:- A serviço da Trindade: Servir ao Pai, por Cristo, no Espírito, fazendo, por sua vez, a vontade de Deus - como Jesus, pobre, obediente e casto - na unção do Espírito, precisando ir onde Deus mandar, esperando, vivendo e crendo n'Ele. Por amor... - A serviço do povo de Deus: Ë para o povo que existe o ministério de música.

Numa visão generalizada aquele que deseja cuidar com fidelidade da missão à qual o Senhor lhe convidou a servir, necessita estar disposto a dar-se sem medidas. "Amar é dar-se até doer". (Madre Teresa de Calcutá). O ministro de música é igualmente chamado a sair de si, a servir. Não é um ministério para os que se servem, nem tão pouco para os que preferem servidos, mas para os que preferem oferecer gratuitamente o que recebem de Deus e o fazem por gratidão ao próprio Deus. O desejo do sacrifício deve, assim, ser como um motor que leve o eleito a sempre ir além, a dispor não somente as suas possibilidades e potências ao Senhor e aos irmãos, mas ao sacrifício cotidiano do que é lícito para unir.

Existem, contudo, algumas formas de servir-se no ministério: não participar de ensaios; não comparecer às formações; cantar ou tocar apenas o que se gosta ou quando se está bem, ou ao menos considera estar bem; esquecer de sua missão quando se está bem na vida pessoal. Quem está neste rol precisa buscar a sua verdade pelo fato de ainda não ter entendido que ministério é serviço a Deus e ao outro.



Existem muitas formas de construir ou de quebrar a unidade, cabe a cada ministro o zelo pelo conhecimento pessoal das mentalidades que se traz quanto ao "ser" e o "fazer" o melhor, como no que diz respeito ao conhecimento intelectual de liturgia, oração de grupo, animação, da mesma forma, que o conhecimento da vontade de Deus para cada instante em que se serve. Sem docilidade e disponibilidade a Deus e aos irmãos não se constrói a unidade.


São Tiago nos diz: "Está alguém alegre? Cante salmos" (Tg 5, 13). A alegria é a expressão maior de quem tem Deus no coração. Dizia Santo Agostinho: "Um Santo triste é um triste santo!". O coração e o rosto do músico devem transbordar de alegria, pois não convence ninguém um cantor que ministra sem a graça do louvor e da alegria."Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor" (Sl 105,3).

Fonte: http://www.rccbrasil.org.br/
Coordenador Diocesano das Artes
Silvio Cesar Soares da Cunha

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